24.9.06

Camus e outros



‘on salut l'âme qui se cherche et s'interroge'
William Faulkner qd Albert Camus ganha o Prémio Nobel da Literatura 1975

dolivrododesassossego


Dois, três dias de semelhança de princípio de amor ...

(...) Nesta antecâmara da emoção há toda a suavidade do amor sem a sua profundeza – um gozo leve, portanto aroma vago de desejos; se com isso se perde a grandeza que há na tragédia do amor, repare-se que para o esteta, as tragédias são coisas interessantes de observar, mas incómodas de sofrer. O próprio cultivo da imaginação é prejudicado pela vida. (...)
Afinal isto bem me contentaria se eu conseguisse persuadir-me que esta teoria não é o que é, um complexo barulho que faço aos ouvidos da minha inteligência.


Retrato de Fernando Pessoa Almada Negreiros 1954

20.9.06

puja

'Antes EU era vaidoso, mas agora estou curado, sou PERFEITO!' (rei da selva)

dizer (im)popular

‘mais ‘matumbo’ é aquele que não quer ver’

desenvolvimento

Há certas pessoas que quando as ouço apetece-me dar-lhes um beijo. Pessoas que sentem o impulso urgente de falar porque pensam no mundo. Sinto-as e comungo com elas ideias. Parece que os seus pensamentos poderiam ser também os meus ou alimentam uma reflexão existencial que por mais que eu queira, ou alguém queira, não consigo abandonar. Estrutural, endógeno, sou eu.

Isto porque das minhas fundamentais preocupações, tenho uma que elejo a um lugar central, a dignidade e uma existência feliz para a Humanidade.

Toda a gente devia ouvir estas vozes incansáveis e crédulas no desenvolvimento de realidades distantes ou mesmo próximas. Aliás o mundo podia ser uma aldeia, onde o esforço de estar próximo fizesse esquecer o que nos distancia uns de outros. Entenda-se isto no sentido da partilha dos diversos saberes. É um facto que um certo mau estar e desconfiança paira sobre as mentalidades portuguesas em relação ao outro diferente, aquele q tem hábitos estranhos, aquele que tem uma cor diferente. também será verdade o contrário.

Todos deveríamos fazer lobbying para a informação, para o conhecimento, não numa lógica capitalista/individualista, mas no sentido de compreender, para uma coabitação feliz e rica porque, na verdade, somos todos diferentes.

Eu cá não prescindo da multiculturalidade, alias da comunicação intercultural, quero aprender com todos os que estiverem para aí virados, eu da minha parte vou colhendo o que há de bom nas pessoas e naquilo que realizam.

Talvez este tom apaixonado também seja cego, mas gosto de acreditar que existem projectos que, apesar de difíceis, não são impossíveis.

‘avaliamos muito o caminho dos outros, mas cada comunidade tem à frente de si uma multiplicidade de caminhos’ José Fialho

‘as populações do Sul não são folhas em branco’ José Fialho

‘o mundo não é todo branco, não temos todos ar condicionado’ Diana Andringa

‘é preciso criar espaços, tempo para aprender o que está a acontecer à nossa volta’ Fátima Proença

‘Na ligação educação para o desenvolvimento e media é importante desocultar os agentes da mudança, mas não é, não pode ser um instrumento de marketing das organizações’ Fátima Proença
(encontro ‘a comunicação social e a educação para o desenvolvimento’ - 24 de Maio de 2006)