'Quando ouvi pela primeira vez o albúm 'Dry' da Pj Harvey em 1992, senti um arrepio na espinha e suaram.me as mãos - o que me acontece raramente. Fiquei literalmente colada ao sofá. Penso que não me mexi até à última nota. No dia a seguir dei um jantar para amigos e quis partilhar o meu entusiasmo. O incómodo era visível. As conversas suspendiam-se, as cadeiras ouviam-se nos intervalos das poucas palavras, perguntei se a comida estava boa, sim, estava, mas a música...Retirei o disco, pedi desculpa, estava confusa. Decidamente a Pj Harvey não faz música para jantares, nem para elevadores, nem para supermercados. Perturba, atinge-nos os nervos, despe-nos a pele. O embate da surpresa é tal que não há frase inteligente ou comportamento intelectual que nos salve da nudez a que somos expostos.' Crónica de Xana (radio macau) in 'Guia da noite'.
29.3.09
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1 comentário:
a xana é amorosa!
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