18.2.07

Maxime

Numa noite feia de chuva, acabámos na Praça da Alegria (LX), surpresa. Num espaço de charme à meia luz vermelha, decorado a veludo, candeeiros pendentes ou outros a lembrar art nouveaux, ambiente cool, passeavam-se mascarados, de corsários a anjos das trevas passando por femmes fatales dos anos 20. Havia espectáculo: uma espécie de 'show de strip' um tanto negligé, bailarina e música raramente coincidiam, talvez de propósito. Este antecedia a actuação de 'The Legendary Tiger Man' um som que se ouve bem, a lembrar rock/pop dos anos 80, mas diferente, umas vezes melancólico, outras semi-alegre, outras 'vou alí e já venho sem nunca chegar a ir' [do cantor], outras estridentes, por trás passavam filmes com brigitte bardot, sofia aparício e outros gay. Um espaço pós-moderno, bem conjugado com arte, criatividade, revivalismo ou tradição. Fixe , cool, a voltar!

O Maxime foi 'inaugurado na cauda dos anos 40 como «cabaret» de luxo, local de festa e ócio da burguesia e demais intelectuais e artistas da época. O seu nome foi inspirado no extinto «cabaret» Maxim's, localizado no actual Palácio Foz, a ditar o ritmo das noites lisboetas dos anos 20.' 'Nos últimos tempos esteve entregue ao submundo da prostituição.' Conta-se que, mais recentemente, fechou devido ao barulho pertubante na vizinhança. Hoje, re(cem)aberto é gerido por Manuel João Vieira (vocalista dos Ena Pá 2000 e Irmãos Catita).

Maxime
Praça da Alegria, 58 Lx
telf: +351 21 346 7090 aberto de 5ªa sábado das 22.00 às 04.00
Entrada: €10 (sem direito a bebida)

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