Milhõe$ para África

Consta que os G8 reafirmaram o compromisso estabelecido em 2004 de duplicar a ajuda financeira a África. De acordo com o que tem sido difundido pelos media, 44 milhões de euros será a ajuda prometida para o combate às doenças: SIDA, tuberculose e malária. Flagelos imensos que dilaceram várias gerações de africanos. A intenção não podia ser mais altruísta...



Em relatório recente da ONU escreve-se que nenhum país da África subsaariana está perto de ver reduzida a pobreza extrema (um dos Objectivos do Milénio -OMD). A pobreza, razão de ser da imensa literatura e práticas em torno das questões do desenvolvimento, não me parece que tenha solução face a uma perspectiva de aumento da ajuda financeira ao desenvolvimento. É óptimo pensar que mais recursos vão ser disponibilizados para esse fim.

Mas a questão é, como é distribuida essa ajuda? Que parte é aplicada efectivamente? Que parte se perde, por exemplo em processos administrativos da ajuda oficial ao desenvolvimento? Como serão utilizados esses recursos? Que resultados poderão esperar os africanos face a essa boa notícia? Tais preocupações são da responsabilidade de quem afirma que vai dar mais a África - isto, se a ideia é desenvolver e não dar umas esmolas de vez em quando e esperar milagres.

imagem wkkf.org