' (...) Senta-se uma criatura numa esplanada e passado algum tempo- quase sempre mais tempo que o desejável, mas adiante - aproxima-se o empregado. A criatura pede de sua justiça: um galão, um bolo, gin tónico...É neste preciso momento que a história se complica. Perante um balbuciar pouco esclarecedor do empregado a criatura repete o pedido. Novo balbuciar, embora simpático. Sobe-se o tom de voz. Nada. Finalmente faz-se luz. Os gerentes do estabelecimento puseram a antender a clientela gente que não fala simplesmente uma palavra em português. E para que a conversa de surdos não prossiga de forma interminável a criatura em questão é obrigada a recorrer a dialectos anglo-saxónicos. Caso contrário - e não é nada que não tenha já acontecido - corre o risco de lhe trazer uma torrada no lugar da meia de leite. O cliente é iletrado não sabe línguas? Azarinho o dele! Que vá fazer despesa para outro sítio menos cosmopolita!...'
(imagem sol.sapo.pt)
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